A ex-primeira-ministra de Moçambique, Luísa Diogo, relembrou que a transição do país para uma economia de mercado foi um processo marcado por intensas dificuldades financeiras, mas que, apesar das adversidades, permitiu concretizar reformas estruturais decisivas e lançar investimentos estratégicos para o desenvolvimento nacional.
A intervenção de Diogo ocorreu na sexta-feira, durante o simpósio “50 Anos de Moçambique: O Contributo da Faculdade de Economia da UEM no Pensamento Económico do País”, realizado em Maputo, que reuniu académicos, decisores políticos e antigos dirigentes para refletir sobre o percurso económico de Moçambique ao longo das últimas cinco décadas.
De acordo com a antiga governante, o país enfrentava um cenário de escassez severa de recursos — “os cofres estavam vazios” —, mas a determinação do Governo em superar a crise conduziu à implementação de políticas inovadoras, capazes de impulsionar o crescimento, atrair investimento estrangeiro e integrar Moçambique na economia global.
“Foi um período de sacrifício e resiliência, mas também de grande aprendizagem e visão estratégica. Conseguimos reformar e investir simultaneamente”, sublinhou Diogo.
Antes de chefiar o Executivo, Luísa Diogo exerceu as funções de Ministra das Finanças, cargo a partir do qual desempenhou um papel central nas transformações económicas do país. Na sua intervenção, destacou ainda a importância das instituições de ensino superior, com ênfase na Faculdade de Economia da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), que, segundo ela, “tem sido fundamental na formação de quadros competentes e comprometidos com o desenvolvimento económico de Moçambique”.





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